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Por Ruaz Ramos
Mais uma partidinha no sítio do costume e com um dos parceiros do costume: Albano Fialho.
Uma das suas partidas preferidas é uma contralateral. Como comecei a dominar a partida ele começou a inventar e o certo é que chegámos à posição que apresentamos abaixo!
Quando aqui chegou dizia muito contente: "Este já está...".
Mas foi aí que eu descobri o ganho!
Quer tentar?
Não o vamos deixar na dúvida por muito tempo pelo que apresentaremos a resposta no próximo artigo desta rubrica, para que tenha a oportunidade de, antes de a conhecer, tentar formular a SUA conclusão.
09-13 e 13-18 e 18-22 e 05-02 e 02x15 GB
Solução d O que eu descobri 5 (diagrama à direita)
22-26 e 26-29 e 29-19 e 10-14 e 19-32 GB
Por Lusodama
Resolvido por Assad, tendo por adversário o damista com nick Burrit000, na modalidade de 1' mais 2'' por lance, no sítio www.ludoteka.com , em 27/06/05.
1)10-14, 22-18; 2)05-10, 23-20; 3)10-13, 27-22; 4)14-19, 22x15; 5)12x19, 20-15; 6)13x22, 21-18; 7)11x20, 24x15; 8)07-11, 28-24; 9)11x20, 24x15; 10)03-07, 25-21; 11)06-10, 15-11; 12)07x14, 18x11; 13)08-12, 21-18; 14)12-15, 30-27
Jogam Brancas e ganham
Escrevam as vossas opiniões nos comentários ou enviem por e_mail para lusodama@sapo.pt .
Undécimo jogo do Campeonato Mundial de 1847, disputado em Edimburgo entre os escoceses James Wyllie e Andrew Anderson. Recordamos que Anderson ganhava 5-2.
1)10-14, 22-18; 2)05-10, 23-20; 3)10-13, 21-17; 4)13x22, 26x10; 5)06x13, 17x10; 6)02-06, 28-23; 7)06x13, 23-19; 8)12-15, 19x12
Aqui, o jogo continuou com 08x15 que a nossa lei da quantidade não permite, pois nós temos que capturar 07x23.
Jogam as Brancas
Ludoxer
Jogam brancas e?
Solução do pare, pense e jogue (43)
Este é um daqueles trabalhos que brotam quase "instantaneamente" em resposta a um dado estímulo (tema). Solução: 21-25 (que outra haveria de ser para tentar algo de positivo?), 17-21 (se 26-22; 25-29 para 29x19 garantindo o rio, etc GB. Também se 26-21; 25-29 e tudo controlado); 14-18 (este tipo de lance, "pura perda de tempo", não raras vezes atrapalham o cálculo), 21x04; 30x21, tema castidade, etc GB.
Adversário: Josemartin
Data: 30/06/04
Jogam as Negras e ganham
Por Lusodama prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Resolvido por Don1 no sítio www.ludoteka.com , tendo por adversário o jogador com nick Mbg1, na modalidade 3'+10'', em 07/06/05.
1)10-14, 23-19; 2)14x23, 28x19; 3)05-10, 32-28; 4)01-05, 27-23; 5)09-13, 21-17; 6)11-14, 25-21; 7)05-09, 21-18
Jogam as Negras e Ganham
Solução da Curta-Metragem 32
10)13-18, 22x06; 11)15x22, 27x18 12)03x28 e Br Ganham.
Solução do Curiosidades e Habilidades 09 de 18/07/05
Resposta:
Em 17 movimentos: (os números referem-se às casas por onde passa a dama) 01, 19, 29, 25, 04, 08, 15, 02, 09, 31, 24, 20, 16, 03, 17, 30, 23, 32.
Solução do Curiosidades e Habilidades 10 de 01/08/05
A abertura 11-14, 22-19 é a que tem maior probabilidade de ser sorteada, essa probabilidade é 0,02(7).
Todas as outras aberturas têm 0,023(148) de probabilidade em serem sorteadas.
Poderá pensar-se que se trata de uma maldade ou o prazer mórbido de deitar obras para o lixo... Mas não! O que me dá gozo é constatar a espectacular potencialidade das Damas que, ao contrário do que alguns detractores dizem, permitem descobrir alternativas "escondidas" em trabalhos já estudados e revistos pelos seus autores!
Mas desta vez não consegui mais que detectar alguns Duais (para quem não saiba trata-se de outros lances que conduzem à mesma solução) e comecei a ler os comentários de Ludoxer acerca desses Problemas:
(...) Você inspirou-se numa posição mostrada por "um amigo". E eu inspirei-me nesta sua posição... Não é sabido que neste planeta (ou no universo) tudo depende de tudo?
Nessa altura peguei no Trabalho de Lusodama e atrasei apenas um lance ao Peão de 13 conseguindo eliminar todos os Duais!
Ver diagrama da esquerda.
E como ideia puxa ideia pensei tornar mais simples e com menos força a ideia do ganho, embora numa solução já batida.
Ver diagrama da direita.
As palavras de Ludoxer pareciam correctas pois também eu aproveitara uma ideia para criar mais qualquer coisinha...
Não o vamos deixar na dúvida por muito tempo pelo que apresentaremos a resposta no próximo artigo desta rubrica, para que tenha a oportunidade de, antes de a conhecer, tentar formular a SUA conclusão.
Solução d O que eu descobri 4:
13) ..., 31x22 !(a surpresa); 14)24x31, 11-07; 15)04x20, 22x15; 16)31x13 (se 10-19, 26-22 e 30-21 etc), 26-22 (obrigatória pois se outra, 10-19, 17-1, 8-12, 01-07 e 19 E!); 17)10x26, 17x01; 18)09-13, 29x22; 19)13-18, 22x13; 20)06-11, 15x06; 21)03x17, 30-26; 22)08-12, 01-19; 23)02-06, 19x08; 24)20-23, 08-22; 25)06-11, 22-13; 26)11-15, 13-09; 27)15-20, 09-13; 28)20-24, 13-18; 29)24-28, 18-31; 30)23-27, 31x09; 31)17-21, 26x17; 32)28-31, 17-13 e Ganham as Negras.
Por Lusodama
A posição da figura aconteceu num jogo realizado no sítio www.ludoteka.com , no dia 07-06-05, entre os jogadores com nicks racidw e rovac.
Jogam as Negras e ?
Escrevam as vossas opiniões nos comentários ou enviem por e_mail para lusodama@sapo.pt .
Nome: Afonso Fernandes
Nome: Afonso Fernandes
Local do Nascimento: Pampilhosa da Serra
Data do Nascimento: 25-5-1919
Profissão: Reformado
Estado Civil: Casado
Filhos: Uma, do sexo feminino
Currículo Damista:
Campeão Nacional Equipas - Internacionais (3)
Campeão Distrital - INATEL (3)
Monitor e Seccionista - EDP
Monitor e Seccionista - Grupo Desp. Operário
Antigo Tesoureiro da FPD
Num golpe de sorte, adquirimos inesperadamente um novo quadro para a nossa galeria. Visitávamos o seu território, o Clube Desportivo Operário, quando o encontrámos ali à mão. A conversa brotou, natural e fluida, sem que previamente tivesse existido o objectivo da elaboração de uma entrevista. Mas Afonso Fernandes não conseguia calar as recordações de uma infância longínqua e de uma adolescência atribulada. E não perdemos a oportunidade :
Penso que o país atravessava momentos difíceis no seu tempo de criança
Pode dizê-lo. Os meus pais eram muito pobres e tinham doze filhos. Combinaram com o dono de um rebanho de cabras que eu iria trabalhar para ele à troca de uns patacos, com a condição de me mandar estudar. Tirei a 2ª classe e gostava muito de estudar. Mas, como detestava a província, meti uma cunha ao namorado de uma irmã para que me trouxesse para Lisboa. Consegui autorização e lá vim para a capital, com 8 anos de idade. Empreguei-me numa mercearia da Praça da Ribeira como marçano. Recordo-me de ir no Rossio, carregado com um fardo de bacalhau, quando rebentou uma revolução. No meio da confusão senti pegarem no embrulho e gritarem-me que me resguardasse numa escada. As balas zumbiam e faziam ricochete no chão. Uma semana depois, acabada a revolta, fui à esquadra do Rossio procurar pelo meu bacalhau. Estava lá! Fora um polícia que me ajudara naquele dia. Entretanto regressei à terra para estudar e retomei a escola, que ficava a uma hora de caminho. Sempre a trabalhar no campo, era o melhor aluno da turma. Estudava muito e como não tinha dinheiro a professora ofereceu-me o livro de Leitura e o de História. Aos 12 anos tirei a primária com distinção e a professora ofereceu-se para me pagar metade dos estudos, para eu prosseguir. Mas nem assim os meus pais podiam e a minha mãe decidiu que eu iria para padre. Em primeiro lugar porque, sendo muito religiosa, seria uma grande alegria e por outro lado porque era uma forma de eu poder estudar gratuitamente. Disse-lhe que não queria e ela fartou-se de chorar. Foi então que o pároco apareceu lá em casa, para falar comigo e eu disse-lhe que não queria ir para o seminário porque o mundo dos padres era diferente do dos outros homens e que eu não queria nem prejudicar-me nem prejudicar a Igreja. Ele ouviu-me, atentamente e disse à minha mãe que eu sabia o que queria e que tinha grande maturidade.
E como conseguiu vir novamente para Lisboa onde tem passado o resto da vida?
Com 14 anos de idade decidi emancipar-me e voltar. Peguei no Diário de Notícias e vi um anúncio a pedir rapaz para Depósito de Tabaco. A dificuldade de emprego era grande. Os bancos de jardim estavam pejados de desempregados e quando cheguei ao local indicado, mais de duzentos candidatos esperavam ser chamados. Vi chegar um tipo com ar de patrão e decidi abordá-lo: Olhe, eu sei que há ali rapazes com melhor aspecto do que eu; mas eu tenho mais força que eles e preciso muito deste emprego. O homem olhou-me de alto a baixo e perguntou - me a idade. Dezoito anos, menti eu. E quanto é que pretende ganhar? O que valer, respondi. Quando chegar a altura de me pagar falamos. Sorriu, chegou-se à porta da rua e gritou: podem-se ir embora que já estou servido. Estive lá dez anos e fiz de tudo: Atendedor, pracista, distribuidor e cobrador! Depois tive uma loja de artigos usados que vim a transformar em Tabacaria e Salão Cabeleireiro. E ainda fiz uns biscates como "segurança"
E o prazer pelo jogo das Damas, como surgiu?
Quando regressei à capital, um dos meus irmãos que cumpria serviço militar na Ajuda, ensinou-me a jogar. Eu fiquei imediatamente a gostar das Damas e comecei a ler o Vamos Decifrar. Quando passava por qualquer tasca espreitava sempre a ver se havia alguém para me entreter. Fui dominando o Tabuleiro e embora não tivesse muita teoria tinha boa visão. Aos fins de semana comecei a procurar na Brasileira e no Martinho os bons jogadores. O meu primeiro encontro foi com o Pires Magrinho que se auto - intitulava de divino mestre. Estava ele na Brasileira com o Dr. Orlando Lopes a analisar um jogo quando me atrevi a sugerir determinado lance. O Magrinho olhou para mim e desafiou-me a disputar um café, bagaço e barato. Aceitei e venci por 8-0. Cheguei a ficar em 3º lugar num torneio, com os mesmos pontos que o OAL e o Igrejas. Depois comecei a jogar com os bons jogadores do Clube dos Anjos e tornei-me monitor e Seccionista do Clube da EDP e daqui do Operário. Aprendi as Internacionais a ver jogar no Café Ribatejano e a treinar contra mim mesmo. Ainda hoje, embora já acuse a idade, ainda faço uma perninha em qualquer uma das modalidades.
Qual é para si o melhor jogador da actualidade?
Actualmente existem óptimos jogadores: O Medalha da Silva, o Joaquim Bravo, o Silva Pereira, o Veríssimo Dias; mas a ter de escolher um, o melhor é sem dúvida o Dr. Vaz Vieira.
Ainda costuma organizar torneios. Qual é o segredo que o leva a conseguir apoios?
Escrevo e apareço. Quem quer vai e quem não quer manda. Já consegui apoios da Câmara, de Juntas de Freguesia, do Governo Civil, do Instituto de Desporto, da INATEL, e de diversas empresas. Mas o torneio do Operário do passado mês fechou o meu ciclo como organizador.
A sua família vê com bons olhos a sua fuga para as Damas?
Nem por isso. Sabe, sou casado com a minha mulher vai para 60 anos; mas por causa do jogo, também do das Damas, estive separado dela 16. Depois voltei e prometi que seria mais presente. Hoje, ela encontra-se doente e necessita de mais assistência. Eu também não estou famoso e vejo-me, por tudo isto, obrigado a abandonar o cargo de Seccionista.
Em todos estes anos de actividade damista deve ter tido episódios interessantes
Imensos. Olhe, quando estava na Tabacaria passava a vida com o Tabuleiro em cima do balcão e jogava com quem me aparecia. Uma das minhas vítimas era um guarda fiscal a quem dava grandes tareias e que me disse que havia de lá levar um jogador a quem eu não meteria a mão no prato. E um dia cumpriu com o prometido, tendo aparecido com o tal indivíduo chamado de Alfredo. Puxei do Tabuleiro e começámos a partida. Em determinado momento verifiquei que tinha o jogo perdido mas que o adversário fingia não ver. Deixou, propositadamente, perder posição para que eu ganhasse. Fingi que não percebera o truque e só lhe ganhei muito mais adiante. Fomos para o 2º jogo e cada um continuou a representar o seu papel; ele a facilitar-me o ganho e eu a fingir que só muito tarde o conseguia ver. Terminada a partida diz-me o adversário: você joga bem Mas olhe, faço consigo uma cervejinha em como não me ganha 2 jogos antes de eu ganhar 5. Muito bem, disse eu; vamos aqui ao lado, à tasca. Entrámos os três e mandámos vir as cervejas. Aí, o nosso amigo começou a jogar o que sabia e ganhou logo o 1º jogo. A seguir ganhei eu. Nova vitória dele e o meu 2-2. Bom, disse eu, já ganhei a cerveja! Responde ele: Você ganhou-me porque há bocado me enganou a fingir que jogava menos. O senhor não devia ter aceitado partido porque joga tanto como eu. Sorri e disse-lhe : Eu não pedi partido; mas costumo aceitar o que me dão. E enquanto que eu lhe disse chamar-me Afonso Fernandes e chamo mesmo, a mim disseram-me que se chamava Alfredo e o senhor chama-se Carlos Alberto e por acaso é o campeão de Lisboa. Carlos Alberto apertou-me a mão e disse-me: - Ganhou bem e quem paga estas cervejas é aqui este tipo que me disse que você era um pexote! E assim foi
PS: Afonso Fernandes só não continua no activo porque tem de cuidar da esposa que se encontra muito limitada do ponto de vista de saúde. Quando agora lhe pedimos para nos dispensar uma foto sua, foi com a condição de a irmos buscar a sua casa e jogar uns joguinhos, para matar saudades... E fez um excelente resultado!
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