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damas



Quinta-feira, 30.06.05

Bloq V - Riqueza do bloqueio e tipos de bloqueios

Por Luís Xavier

RIQUEZA DO BLOQUEIO

A riqueza dum bloqueio é verificável pela conjunção de dois atributos: limpidez e profundidade.

Por limpidez dum bloqueio dever-se-á entender a unicidade das diferentes linhas de mate, ou seja, cada lance da cor assediada deve dar aso a uma só refutação ganhadora.

Por profundidade dum bloqueio dever-se-á entender a extensão das suas variantes, que podem originar vitória por permuta, ou novo(s) bloqueio(s).

Foi segundo a concepção de profundidade que procedi à tipificação dos bloqueios.

Passarei agora à explicação e ilustração de cada um dos tipos, abarcando todo o universo de bloqueios.

TIPOS DE BLOQUEIOS

1 - BLOQUEIO PURO: Aquele em que a cor assediada é compelida ao suicídio, devido à:

a) obrigatoriedade de jogar (zugue);

b) auto-obstrução.

Observação importante: A cor assediadora vence automaticamente!

1.1 - São  deste tipo os bloqueios angular, bipolar, Montero e eslavo (todos passivos).

1.2 –Também, a seguinte modalidade de bloqueio de tala: 16,(30) x 22,(27),31 (activo).

1.3 - E ainda, por exemplo, estes:

05, (24) x (02), 09

18, 19, 22 x 25, (29)

02, 13, 18 x (09)

03, 08, 16 x (12), 15

(08), 17 x 25, (29)

Observação: Neste último exemplo, embora haja uma permuta, há  um claro suicídio das pretas (estavam auto-obstruídas). 

2 - BLOQUEIO SIMPLES: Aquele em que a cor assediada não pode evitar permuta vitoriosa para a cor adversa.

2.1 - Exemplos (bloqueios simples e activos):

bl-5.jpg

Nota: No diagrama da esquerda a dama branca pode estar em “12”, “15” ou “21”. No diagrama da direita a dama branca pode estar em “29”, existem 33 posições similares!

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por lusodama às 00:46

Quarta-feira, 29.06.05

Bloq IV - Definição do bloqueio quanto ao tipo de assédio

Por Luís Xavier

ACTIVO  - Dir-se-á que um bloqueio é activo quando a vitória não depender da cor que possui o lance.

Exemplo: Diagrama da esquerda

PASSIVO - Dir-se-á que um bloqueio é passivo quando a vitória duma cor depender da obrigatoriedade de lance da adversa - é costume exprimir-se que esta se acha em zugue.

Exemplo:  Diagrama da direita

bl-4.jpg

Embora estes aspectos tenham interesse, eles são subsidiários da caracterização principal, isto é, quanto ao desenvolvimento da linha ganhante, entenda-se, a que oferece resistência mais prolongada. Por transcender o campo meramente artístico, abstraio desse entendimento as variantes que culminem em final técnico, o qual é geralmente assinalado em conclusão da linha respectiva.

Na caracterização primária o bloqueio é avaliado sob um ponto de vista dinâmico. Na caracterização secundária, acima explanada, é-o numa óptica estática. Estática porque o define tal como ele surge, ao contrário do dinamismo que ele encerra e que transparece do seu desenvolvimento até ao mate da(s) dama(s) assediada(s).

Numa caracterização integral dir-se-á, com referência a determinado bloqueio, que é composto e activo (passivo). E não mencionar primeiro a actividade (passividade). Ademais, com antecedência a essas características, dir-se-á duplo, ou triplo, quando se trate, respectivamente, do assédio a duas ou a três damas (acompanhadas ou não de peões), ou simplesmente bloqueio quando o assédio é a uma dama.

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por lusodama às 12:40

Terça-feira, 28.06.05

Bloq III - Definição de bloqueio

Por Luís Xavier

Que é um bloqueio? Posição de remate livre indefensável para a cor que sofre o assédio.

Trata-se duma definição muito teórica e sintética à qual cabe agregar algumas considerações elucidativas.

Como se sabe o enunciado "normal" dum problema é "jogam as brancas e ganham". Para cumpri-lo, por vezes (é o autor que o provoca!), é imperioso recorrer ao bloqueio. E como que a "segunda fase" da solução. As brancas forçam os acontecimentos até esse ponto; a partir daí a iniciativa pertence às pretas (quantas vezes a desprazer... é o caso do zugue!) (Nota de Lusodama: Ver artigo de 04-04-05 sobre o que é zugue), mas estas encontram-se em situação perdente, em momento conclusivo. Estão bloqueadas, como é usual expressar.

Para remarcar a ideia duma "segunda fase" resolutiva, fixemos que o valor do bloqueio é distinto do processo pelo qual se o atingiu. Assim, um problema pode ter um desenvolvimento manifestamente fraco a preceder um belo bloqueio; bem como poder-se-á assistir a um bloqueio banal ou pouco rico a culminar um problema de desenvolvimento meritoso. Daqui se infere que o valor duma composição depende de toda a manobra ganhadora sem predominância para este ou aquele artifício. Sobretudo contará a originalidade. É-me importante destacar estes aspectos atendendo ao facto de se depreender das palavras de certos comentadores que um problema "vale o que vale o bloqueio". Sustento que é erróneo tal juízo. A chave, a manobra, o tema, as subtilezas, etc. tudo isto são partes constitutivas dum problema, tal como o bloqueio. A arte, o realce da composição pode residir (só) nele, mas daí a confundir o todo com a parte... o problema deve ser apreciado globalmente, como qualquer obra do espírito.

Atrás empreguei os termos "banal" e "rico" e sobre eles acresce dizer: Geralmente o atributo banal - trivial, vulgar - prende-se com o seu uso (do bloqueio) excessivo. E óbvio que haverá bloqueios que se prestam melhor a rematar diferentes situações problemísticas. Direi que são maleáveis, o que não acontece com outros. Alguns bloqueios, pela sua "forma" arrevesada, não se prestam à inspiração dum vasto trabalho produtivo. Certo problemista inventa-o e apresenta-o. Qualquer outro autor que lhe pretenda pegar, sob o propósito de fazer algo interessante, arrisca-se a engendrar uma composição semelhante à original.

Alguns poucos exemplos:

02, (08), (16) x 09, 24, (31)       - Francisco Henriques, 1945 (Diagrama seguinte) prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

bl-3.jpg

(02), (03) x (06), 21, 28             - Orlando A. Lopes, 1950

(08), 12, 23 x 18, 19, (32)         - Manuel Duarte, 1957

07, 22, (24) x (06), 10, 29         - Jorge G. Fernandes, 1959

(04), 11, 15, 28 x (01), 23, 26   - Luís Xavier, 1976

(02), (08), 16 x 14, 24, (32)      - Elíseo Restivo, 1980

Numa hipotética escala de maleabilidade, o "bipolar" estaria no extremo cimeiro!

Quanto à riqueza é intuitivo que uns bloqueios têm um conteúdo artístico mais requintado, vistoso do que outros... Reservo para este aspecto, no entanto, o termo "beleza", apesar de toda a sua carga subjectiva. Riqueza traduzirá a conjunção da "limpidez" com a "profundidade", de que tratarei adiante.

Convirá ainda acentuar:

a) que não se está na presença duma situação bloqueadora se as pretas não dispuserem de lance livre!

b) que qualquer problema só é considerado variável se apresentar ramificações antes do bloqueio!

Quando a resolução dum bloqueio carece de esmiuçamento, em vez da costumeira frase "bloqueio, etc. GB", tal origina eventualmente confusão. As variantes ocorridas após o bloqueio não conferem ao problema a classificação de variável, repito. Neste caso é o bloqueio que comporta variantes, e não o problema.

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por lusodama às 00:30

Segunda-feira, 27.06.05

Bloq II- Nomenclatura dos bloqueios

Por Luís Xavier

Quanto ao número de damas assediadas:

Bloqueio

Bloqueio duplo

Bloqueio triplo

Quanto ao desenvolvimento da linha ganhante:

Puro

Simples

Composto

Excêntrico

Insistente

Quanto ao tipo de assédio:

Activo

Passivo

Há ainda a considerar o termo "sub-bloqueio", que aplicarei indistintamente a todo o bloqueio que proceda de outro.

Exemplificando: Tenha-se o bloqueio (03), (30) x (17), 25 após 25-21; 30-27/23 e, sub-bloqueio, etc. GB. Note-se que este isoladamente é já um bloqueio, porém como proveio daqueloutro, digo tratar-se, aqui, dum sub-bloqueio para advertir que houve uma situação bloqueadora a antecedê-lo. Aliás o bloqueio mostrado pode por sua vez ser também um sub-bloqueio, porquanto poderia  derivar deste: (13), (30) x (21), 25  prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

bl-2.jpg

assim: 21-17; 13-3, etc. GB.

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por lusodama às 11:24

Domingo, 26.06.05

Bloq I - O Bloqueio

Por Luís Xavier

Introdução

Este trabalho foi remetido – particularmente – a uma entidade (Federação Portuguesa de Damas) e a 16 damistas no início de 1986.

Na carta-circular que o acompanhava dizia ser “(...) inédito e ambicioso” sendo o “resultado de longas horas de reflexão”. E mais adiante: “(...) Com a nomenclatura exposta pretendo englobar todos os bloqueios existentes e a existir.”

E na conclusão da dita carta-circular: “Um voto a terminar: Que “O Bloqueio” não o deixe indiferente porquanto a sua opinião me será gratificante. E a aceitação geral a recompensa máxima!”

Guardo, como se fossem relíquias, as quatro respostas que recebi, e que se limitaram a saudarem-me... Dum outro damista, por quem tenho especial simpatia, tive ocasião de conversar sobre o dito trabalho. Dos demais 11, absoluto silêncio!

Era o problemismo que interessava impulsionar... Custa sentir a indiferença quando se está a fazer algo para beneficiar o colectivo! Enfim, transcorridos quase 20 anos a mágoa dilui-se no tempo.

Em 1998 tive ocasião de o publicar no Cidade de Tomar. Aqui sairá uma síntese, por razões óbvias e por se tratar dum espaço para “não especialistas”. prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

bl1-refle-esf.jpg

Nota de Lusodama: Nas próximas duas semanas estarão suspensas as rubricas habituais, excepto a de Notícias, e será publicado em 16 artigos este texto enviado por Luís Xavier.

Este termo, importado pelo dr. Orlando Augusto Lopes (Nota de Lusodama: Pode ler entrevista, neste blog, no dia 13-05-05) do xadrez, é neste jogo aplicado para traduzir a situação posicional em que uma cor se vê impossibilitada de jogar sem sofrer alguma perda. Isto no jogo, porque no problema "perda" corresponde ao mate. Nas damas significará derrota.

Importa vincar que o termo bloqueio, no xadrez, tem subjacente a ideia de que a posse do lance é paradoxalmente molesta.

Como veremos, nas damas, o conceito de  bloqueio ampliou-se (...).

Há imensos bloqueios. Uns foram baptizados, outros não. Nuns a cor em vantagem  ganha de certo modo, noutros dum modo bem diverso. Nalguns, até, uma das linhas resolutivas desemboca noutro bloqueio! Entendo pois que é insuficiente referir apenas "bloqueio", numa dada situação. Para melhor entendimento é útil agrupá-los e adjectivá-los. Enfim, pôr ordem no vasto universo dos bloqueios.

Neste estudo, fruto de cerca de dois anos de cogitações, pretendo assentar ideias sobre tudo o que diz respeito ao bloqueio.

A par duma nomenclatura que abarcará todos os bloqueios (...).

O conhecimento e o estudo dos bloqueios é de grande utilidade para todo o damista, seja qualquer for a faceta do jogo que mais o atraia.

Ao jogador o bloqueio pode servir para, com reduzido material e notório equilíbrio de forças, obter surpreendente vitória (ou evitar inesperada derrota). O bloqueio é pois um excelente trunfo da arte de finalizar.

Ao solucionista é-lhe importante conhecer o repertório de bloqueios que usa o compositor para, mais facilmente, ou menos arduamente, conseguir pôr a nu os escolhos nos trabalhos que lhe são submetidos para análise, ou que simplesmente almeja resolver.

Para o problemista é algo de enorme relevância. O bloqueio é um elemento fundamental da moderna técnica problemística, porque um forte motivo inspirador. O bloqueio não brota do problema, dá-lhe ensejo.

De há quatro décadas a esta parte a descoberta de bloqueios vêm-se processando aceleradamente. O seu emprego está bastante difundido. Uma e outros são em geral da responsabilidade dos problemista de vanguarda.

Da seguinte nomenclatura, essência deste estudo, importa realçar que se assimila à das armadilhas (delas falarei noutro escrito), constituindo assim um conjunto definidor dos principais motivos inspiradores do moderno problemismo, harmonioso, consistente e de fácil memorização.  

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por lusodama às 11:14

Sábado, 25.06.05

Golpe 17

Por Lusodama

Resolvido por Bojardel, tendo por adversário o damista com nick Neves, na modalidade de 1'+2'' por lance, no sítio www.ludoteka.com , em 24/06/05.

1)12-15, 22-18; 2)08-12, 23-20; 3)10-13, 27-22; 4)06-10, 20-16; 5)13-17, 31-27; 6)10-13, 18-14; 7)11x18, 21x14; 8)13-18, 22x13; 9)09x18, 28-23; 10)15-19, 32-28; 11)12-15, 23-20

golpe17-blog.jpg

Jogam as Brancas e ganham

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por lusodama às 11:33

Sexta-feira, 24.06.05

Retrato de Família – 5

Por Ruaz Ramos prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Nome: Arlindo Teixeira Roda

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Nome: Arlindo Teixeira Roda

Local de Nascimento: Setúbal

Data do Nascimento: 01-09-1947

Profissão: Professor (Ens. Sec.)

Estado Civil: Casado

Filhos: Dois, do sexo feminino

Currículo Damista:

Campeão Nacional Equipas– INATEL (8)

Sub - Campeão– INATEL (2)

Seccionista do Circulo Cultural

Seccionista do CDCR

Seccionista de Os Manos

Seccionista do Scalipus

Coordenador de Damas – INATEL (79/86)

Organizador do Open Cidade de Setúbal

Membro Comissão Promotora da FPD

Ex - Presidente Assoc. Damas Setúbal

Vice - Presidente da FPD

Mais  uma  fotografia  que deixa transparecer alguns traços marcantes  de um  “carola” que se tem esforçado ao longo dos tempos por promover as Damas Clássicas na cidade de Setúbal e não só... Foi tirada em Coimbra, durante o I Encontro Norte – Sul.  Muito irrequieto, sempre a dirigir palavra a este e àquele, o nosso convidado lá foi respondendo às questões.

Há pouco tempo pensávamos que o entrevistaríamos enquanto Presidente da FPD.

É verdade. Depois de ter recusado por várias vezes o convite que a nível nacional me vinha a ser feito, decidi avançar, por não se ver alternativa. Mas, após uma longa conversa com o anterior - e actual - Presidente, chegámos a acordo em que ele continuaria e eu assumiria  a Vice- Presidência, para ir fazendo a rodagem. A restante Direcção é composta por amantes da modalidade e espero que a Federação atinja os principais objectivos: dignificar as Provas Oficiais, apoiar os Torneios Abertos e angariar Novos Federados. Entretanto, teremos de ir construindo uma estratégia, para que a médio prazo, se consiga captar a juventude. Tarefa que só realizaremos se houver damistas que actuem nas suas terras, como pontas de lança.

Sabemos tratar-se de um homem que sempre esteve ligado ao desporto, em geral.

Comecei pelo Xadrez e jogo Bridge e King. A nível do Desporto Escolar - dependente do Ministério da Educação - sou coordenador de Xadrez e Damas e através da Câmara de Setúbal também coordeno um projecto de Desporto nas Escolas Primárias. Por outro lado, ambas as filhas treinam e jogam Basketball e praticam Canoagem e o meu genro é Técnico de Desporto. Como vê pertenço a uma família de desportistas. Só a mulher é que escapou.

Pensamos que a grande parte dos damistas conhecerá essa sua família já que, quer a sua mulher quer as filhas o ajudam na organização do Open da Cidade de Setúbal.

É tal como diz. No dia da prova toda a família colabora; desde a recepção das equipas até à introdução dos resultados no computador. Mas o trabalho começa de véspera, na preparação do material e no carregamento dos dados referentes ao funcionamento do sistema suíço. Felizmente que nunca tive problemas por me dedicar ao jogo das Damas. Todos gostam da modalidade e são mesmo as minhas filhas quem mais me incentivam a prosseguir. Uma delas, quando me encontro a disputar alguma prova telefona-me a saber do andamento das coisas. Mas aos fins de semana também as acompanho nas suas provas, vou dar uma forcinha.

Dado que desempenha diversas funções, a nível de instituições damistas, deverá ter uma opinião muito abalizada sobre o futuro da modalidade. Que perspectivas existem?

No que respeita ao trabalho desenvolvido com as escolas, a experiência diz-me que o número dos miúdos que optam entre Damas e Xadrez é muito idêntico. As crianças entusiasmam-se bastante com o jogo e os dois monitores que colaboram comigo estão motivados. Pena é que nas Damas o trabalho seja infrutífero pois não existem ainda estruturas, como já há no Xadrez, que desafiem os valores mais promissores a prosseguir.  No referente aos adultos, tenho expectativas positivas sobre o progresso da modalidade em Damas Clássicas - falo mais destas do que das Internacionais porque é aí que desempenho todas as minhas funções – Como já disse, a equipa federativa parece-me muito promissora e tenho esperança de que as Associações comecem a dinamizar a sua intervenção. Na de Setúbal era eu o Presidente mas agora tive de abdicar porque era incompatível com o cargo federativo. Passei a pasta ao Artur Gomes, do Charnequense, que me substituirá. É claro que da parte dos damistas se exige que não vejam apenas os seus interesses pessoais e colaborem com aqueles que, muitas vezes, se prejudicam em prol desses mesmos. É imprescindível que se federem e tragam outros  damistas para a Federação cuja Direcção defende total imparcialidade e defesa da verdade desportiva. Nada de divisões de qualquer ordem. Nem Clássicas/Internacionais nem Norte/Sul nem Livre/Sorteada. Damas e nada mais.

E o seu percurso damista como decorreu?

De forma natural. Comecei a jogar Damas a sério quando um dia, acompanhado por um amigo, entrei num Café onde dois jogadores se defrontavam, rodeados por mais de uma dezena de mirones. Eu  já tinha ganho vários jogos em Leiria, numa Tasca que era de um tio meu. Olhei para o Tabuleiro e num relance vi que o jogo estava perdido para o jogador a quem competia jogar. Fiquei , pois, admirado por o damista ficar a pensar uma data de tempo e comentei para o meu amigo que aqueles damistas não jogavam nada. De repente o jogador entregou um peão e eu pensei para comigo: “ Até que enfim! Começaste a entregar-te. ”  Mas após o lance seguinte olhei para a posição e vi que afinal o jogo estava ganho! Então o outro devolveu o gambito e jogou. Olhei novamente e reparei que tudo voltara à primeira forma. Disse ao meu amigo que fosse andando; eu já não saía dali antes do jogo  terminar … Novo gambito e contra gambito e o jogo terminou, passados três quartos de hora, empatado. Foi nesse dia que percebi que nunca tinha jogado “Damas” e que a modalidade era maravilhosa. Depressa, senti que era necessário haver alguém que se preocupasse com a parte organizativa e passados dois anos levava por diante o Campeonato de Setúbal, com a participação de quarenta damistas. Fui Seccionista de diversos clubes saltando de uns para outros, na busca de melhores condições e fui protelando a minha aprendizagem. Não gosto de estudar por livros e tudo o que sei foi aprendido no Tabuleiro. Vivi sempre rodeado por jogadores de primeira água e já estive presente em cinco Finais do Campeonato Nacional. Mas é indubitável que o meu nome está mais ligado à organização que à competição em si. 

Pensa ser uma pessoa consensual ou será tida como uma personagem polémica?

Sou um indivíduo que gosta imenso de conviver e de se dar com todos. Mas reconheço que sou demasiado emotivo. Parece que a paciência me falta cada vez mais para enfrentar as situações e até para as Damas. Prefiro jogar rápidas a ter que pensar muito tempo e, pelo mesmo motivo, sou incapaz de participar num torneio de soluções. Este meu feitio torna-se desvantajoso para os outros e para mim próprio. Tenho os nervos à flor da pele e provoco tempestades num copo de água. Depois peço desculpa às pessoas mas se calhar não chega.

Quer aproveitar a oportunidade para comunicar algum aspecto que julgue importante?

Quero apelar a todos os damistas para que pensem um pouco no colectivo de que eles próprios usufruem e ajudem a modalidade dentro dos Clubes e das Associações em que se inserem, participando em todo o género de provas oficiais. E que tragam novos sócios!

PS: Arlindo Roda participou na Fase Final do Campeonato Nacional Individual por 6 vezes, é actualmente o Presidente da Associação de Damas de Setúbal (ADS) e seccionista da Capricho Setubalense e continua a organizar dois Torneios regulares da Cidade de Setúbal: o Torneio 25 de Abril (que tem normalmente lugar nessa data histórica) e o Open da Cidade de Setúbal que já vai na sua XIII edição.

Desde que deu esta entrevista foi:

  • Duas vezes Campeão Distrital
  • Vencedor de Cinco Torneios Abertos e da Taça de Portugal (2002)

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por lusodama às 23:19

Quinta-feira, 23.06.05

Pare, pense e jogue - 38

Por Ludoxer

Ludoxer

ppj-38.jpg

Jogam brancas e?

Solução do pare, pense e jogue (37)

Eis um exemplar dos sempre encantadores finais de “domínio à distância” (segundo alguns autores. Mas será a expressão de todo feliz, certeira?). Significa que as brancas vão ter de conseguir matar a dp. (que irá surgir) à nascença (dominando o pp. avançado), pois doutro modo não haveria condições estratégicas para vencer (o pp. 24 não se conseguiria promover dada a presença do pp. 20 que ficaria solidamente instalado na casa “16”).

Solução: 22-18 (a chave deixa tudo claro), e

-se 20-16; 29-19, 10-06; 24-28 e 18x02 GB

-se 10-06; 24-28 e 29-19 GB

-se 10-05; 18-14, 05-02/01; 14-11/23 GB

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por lusodama às 00:25

Quarta-feira, 22.06.05

O cantinho do Leão - 2

Por Bojardel

Adversário: Espadarte

Data: 21/07/04

1)12-15, 23-19; 2)08-12, 21-18; 3)10-14, 19x10; 4)05x21, 25x18; 5)01-05, 26-21; 6)05-10, 28-23; 7)10-14, 29-25; 8)12-16, 21-17; 9)14x21, 25x18; 10)15-20, 24x15; 11)11x20, 32-28; 12)07-11, 28-24; 13)03-07, 24x15; 14)11x20, 22-19; 15)07-12, 19-14; 16)12-15

cl-2.jpg

Jogam as Negras e ganham

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por lusodama às 00:23

Terça-feira, 21.06.05

Curta-Metragem 27

Por Lusodama

Resolvido por masterp em jogo disputado no sítio www.level.pt (já explicámos anteriormente o que era este sítio) com o jogador de nick mr9.

1)10-14, 23-20; 2)14-18, 21x14; 3)11x18, 22x13; 4)09x18, 26-21; 5)06-11, 21x14; 6)11x18, 30-26

cm-minha-27-a.jpg

Jogam as Brancas e Ganham

Solução da Curta-Metragem 26

6) ..., 16-12; 7)07x23, 22-19; 8)15x22, 26x01; 9)23-27, 31x22; 10)06-10, 01x07 GN

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por lusodama às 15:32

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