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Por Ludoxer
Ludoxer
Jogam brancas e?
Solução do pare, pense e jogue (28)
As brancas têm fortes argumentos para vencer, no entanto, as pretas vão conseguir contrariá-los e arrancar um brilhante empate! É um dos raros casos em que sendo a vitória bela (como a imaginei), a demolição (descoberta por José Manuel Silva, um modesto jogador setubalense) também não o é menos. Portanto: 22-27, 17-13! (pois 06-02; 27-31 etc. GB); 06-02, 17-10 (claro que se 03-10, 11-06 e 02-05 E), 02-09 (A); 27-31, 11-06; 10-28!, 06-02; 28-24!, bloqueio duplo simples e activo, GB.
(A) Porém o carteiro, alcunha do José M.Silva, dada a sua profissão, não me deixou levar a carta a Garcia (que ironia!), pois topou este seguimento alternativo: 02-06!; 10-01 (ou 10-17, 06-02 e volta-se ao mesmo), 06-17 etc. E.
Por Lusodama
Jogo entre Lusodama e o damista com nick Dbz, no sítio www.ludoteka.com , em 03/11/03.
1)12-15, 23-19; 2)08-12, 28-23; 3)09-13, 21-17; 4)11-14, 26-21; 5)14-18, 21x14; 6)06-11, 22-18; 7)13x22, 27x18; 8)15x22, 23-19; 9)12-16, 25-21; 10)04-08, 32-28
Jogam as Brancas e ?
Nesta posição as Brancas com 10-13 ganham um peão (e possivelmente o jogo) ou as Pretas perdem pelo tiro 05x32 (foi o que aconteceu no jogo), uma vez que, além da promoção, as Brancas têm ameaças fortes através de 22-26 ou 22-27. Mas a continuação 22-26 e 11-15 também parece muito boa. Nesta posição por qual optava? Ou tem uma terceira alternativa?
Por Lusodama
Resolvido por Lusodama em jogo prático ao vivo.
1)10-14, 22-18; 2)05-10, 27-22; 3)01-05, 22-19; 4)11-15, 18x11; 5)15x22, 26x19; 6)06x22, 24-20; 7)09-13, 21-18; 8)13-17, 18-13; 9)10-14, 13-10
Jogam as Brancas e Ganham
Solução da Curta-Metragem 17
9)23-27, 30x23; 10)09-13, 18x09; 11)15-20, 24x15; 12)12x19, 23x14 (ou 22x15; 07-12 e 03x27 GB); 13)07-12, 16x07 GB
Por Ludoxer
Tal como o nome indica, gémeos são problemas muito parecidos, mas com diferentes soluções. Já agora acrescente-se, do mesmo autor! Esta ideia é consensual.
Os primeiros problemas gémeos apareceram nos anos de 1940. Então eram designados por curiosidades. Largos anos depois assentou-se na denominação gémeos, pela razão óbvia (à semelhança do que ocorre com os humanos). Acresce que já no xadrez também havia a designação gémeos para duas composições de configuração idêntica.
Em geral a elaboração de gémeos não é propositada. Ou melhor, começa-se por fazer um problema e depois verifica-se que uma dada posição afim também constituiu um problema, e assim nascem os gémeos!
Os gémeos serão tecnicamente valorizados em função da sua grande similitude e diferenciação resolutiva. Por outras palavras maximamente idênticos no desenho e minimamente coincidentes na solução.
Vamos a exemplos.
(02), 07, 12, 15 x (04), 14, 16, 24 JBG
(gémeo passando o pp.14 para 10)
Solução: 02-09 e 09-05 e 05x03 GB
Solução do gémeo: 02-09 e 09-13 e 13x23 GB
Estes gémeos estão no limite do que assim deve ser considerado. A chave é igual, ainda que no primeiro caso seja de perda de tempo e no segundo uma simples deslocação para ir à casa que interessa. A restante solução é uma similar preparação e consequente captura.
Por Ludoxer
02, (09), 11, 14, 21 x 13, 18, 23, (25) JBG
(gémeo passando o pp.23 para 28)
Solução: 11-15 e 09x20, 25x14; 02-06 e 20-24 e 24x25 GB
Solução do gémeo: 11-15 e 09x04, 25x20; 04-11 e 02x11 e 11-15 GB
Estes gémeos têm uma solução bem distinta, ainda que a chave seja igual. Tenha-se também em atenção o seguinte: Ao contrário do que possa parecer a nascitura do gémeo artisticamente mais fraco não ocorre, por esse facto primeiro. Em matéria de criação problemística não é necessário que o mais simples preceda o mais elaborado.
Por Ludoxer
Veja-se este exemplo:
(09), 11, 14, 19, 22, (25) x (01), 12, (17), 20, 28 JBG
(gémeo excluindo o pb.11)
Observação: Lembro-me nitidamente que algum anos depois de ter feito o primeiro trabalho é que me apercebi que ele tinha um gémeo, retirando o pb.11 e isso fá-lo ter uma solução menos sofisticada.
Solução: 14-18, 01x23; 22-27, 23x30, 18-21, 17x26; 09-27, 30x23; 11-15 e 25x17 GB
Solução do gémeo: 22-26 e 09-27 e 14-18 e 25x32, bloqueio bipolar, GB
Um bom par de gémeos e com a solução bem diferente, como é de realçar e decisivo para a classificação.
(Continua na próxima Segunda-feira)
Por Armindo Gaspar
Jogam as Brancas e Ganham
Por Ruaz Ramos
Estudo elaborado na base do Problema "insolúvel" publicado, em 09 de Abril de 2005, por Ludoxer neste Blog.
Jogam as Brancas e ganham
Por Ruaz Ramos
Nome: Mário Diniz Vaz
Nome: Mário Diniz Vaz
Local de Nascimento: Bragança
Data do Nascimento: 25-5-1924
Estado Civil: Casado
Profissão: Pintor Construção Civil
Situação Profissional: Reformado
Hab. Literárias: Frequência 1ºCiclo
Escola: Voz Operário/ P. Prazeres
Hobbies: Leitura e Cruzadismo
Sigla: MDV
Currículo Damista:
Campeão Equipas (Almada Atlético Clube) 1960
Autor de Produções (mais de 2000)
Director Vamos Decifrar (1948/62)
Seccionista Passatempo Cruzadista (1951)
Seccionista Nova Almada/ Voz Almada (1952)
Seccionista Jornal Almada (desde 1954)
Seccionista Jornal República (1962/75)
Seccionista Jornal O Diário (1977/84)
Seccionista Revista Tele - Jogos (1991/96)
Seccionista Almada Atlético Clube (74/81)
Seccionista Gr.Damista Pérola Almada(82/89)
Seccionista Incrível Almadense (actual)
Colaborador Enciclopédia Damista (desde início)
Árbitro Oficial de Damas Clássicas
Membro Comissão Promotora da FPD
Vogal Direcção da FPD ( 1980)
Vogal Conselho Técnico FPD ( 86/95)
Vogal Conselho Arbitragem ( actual)
Júri Camp. Nacionais Produções e Soluções
Júri Camp. Nacionais Correspondência
Havia tempo que procurávamos um dos mais valiosos quadros para juntar à colecção.
Nem mais nem menos do que a obra do mestre Mário Diniz Vaz, sem dúvida o damista que maior participação teve no campo das Secções Jornalísticas. Compositor Artístico, promotor de inúmeros torneios de Produções e Soluções, é também um jogador prático. É tal o número de publicações a que emprestou o seu nome que se torna impossível enumerar todas. Indicamos as principais, para que se tenha uma vaga ideia da influência que o grande obreiro teve, no universo do Jogo das Damas. Desde há muito tempo que tínhamos programado entrevistar este colosso mas, como quanto mais próximo se está mais se protela, só agora teve lugar a entrevista há tanto aprazada. Foi com emoção que, na sede da Incrível Almadense, iniciámos o nosso diálogo:
Com que idade e onde iniciou a sua invejável actividade damista?
Tinha doze anos de idade e usava calção, como era costume naquela época. Trabalhava como marçano numa mercearia em troca de cama, mesa e roupa lavada. Levantava-me às 8 da manhã e trabalhava até ao jantar. Depois ia para a escola nocturna e deitava-me à meia-noite. Foi o meu patrão - que ainda hoje é vivo quem me ensinou a mexer as pedras. Mas, mais a sério, foi quando já tinha dezassete anos. Fiz-me sócio de uma sociedade recreativa em Campolide que se denominava: Vitória Clube de Lisboa. Um dia convidaram-me a participar num Campeonato Interno e eu venci! Em 1945 tive a primeira informação de que havia uma secção de damas no Século Ilustrado. Depois soube da existência da secção do Vamos Decifrar que era da responsabilidade do Igrejas. É claro que comecei logo a comprar ambos. Através do Século Ilustrado soube da existência da Estratégia Damista do Fernando Martins e encontrei-me com ele para a adquirir. Ele explicou-me algumas regras base sobre Problemismo e eu tomei-lhe o gosto. Entretanto o António Igrejas lançou de Melgaço um concurso de Soluções e eu concorri. Trocámos correspondência e ele ensinou-me imenso. Foi o meu mestre e quando em 1947 veio para Lisboa, enfim, conheci-o pessoalmente!
Como é que iniciou a sua participação nas Secções dos Jornais?
Procurei juntar o útil ao agradável dando a conhecer as Damas e ganhando uns cobres. Nos anos 50 cheguei a publicar problemas no Jornal a Bola. Nos anos 90 na Tele - Jogos... Hoje, continuo a fazer a revisão do Jornal de Almada e lá vou completando a pequena reforma
Mas essencialmente adoro promover concursos. No Diário efectuei um torneio de Soluções em que participaram mais de 200 damistas. Venceram Sena Carneiro e Vaz Vieira. Actualmente, entre Cruzadistas e Damistas, conto com aproximadamente 150 concorrentes.
Qual foi o Torneio que lhe correu melhor?
Foi a I Fase do 8º Campeonato de Lisboa, em 1958. Havia três séries de quatro jogadores cada. Todas elas foram ganhas por jogadores de Almada: Artur Gomes, Jorge Fernandes e eu! Na minha série venci o Orlando Lopes(2-0), o Carlos Alberto (1-0) e o Adelino Branco (3-0)!
Foi um evento muito falado e o Vamos Decifrar noticiava: Os Três Tomba Gigantes apurados entre os seis finalistas! O Campeonato acabou por ser ganho por Orlando Lopes
Fez parte da campeoníssima equipa do Almada Atlético Clube. Porque se afastou?
Nunca fui um jogador preponderante, por não ter tempo para estudar o jogo prático, que adoro. Mas acompanhava a equipa a todo o lado! A verdade é que me dediquei mais à composição, pois as Secções Jornalísticas incluindo a do Almada ocupam-me imenso tempo. Recebo muito correio, verifico as soluções, analiso partidas e elaboro a contabilidade entre as ofertas que os leitores fazem o favor de enviar e as despesas de portes de correio e prémios.
Os entrevistados têm referido que as famílias encaram bem as Damas. A sua também?
Não senhor. A minha mulher nunca aceitou bem que eu dedicasse tanto tempo às Damas. Antigamente era um pouco mais compreensiva; hoje em dia, com a idade e os problemas de saúde, tornou-se mais carente. Preocupa se com a minha falta de descanso e quando me vê embrenhado nas lides damistas diz-me que estou em casa mas é como se não estivesse...
Não podemos deixar de solicitar que refira um episódio pitoresco ocorrido nas Damas !
No III Campeonato de Almada, que decorreu no Ginásio de Cacilhas, jogava contra o concorrente Mário Cruz. Ganhei, naturalmente, por 6-0. Mal acabou a partida, levantou-se, olhou de soslaio as galerias onde os mirones se encontravam e com um ar compenetrado, estendeu-me a mão e disse-me: Sim senhor, ganhaste bem mas viste-te à rasca não viste?
O que pensa do papel desempenhado até hoje pela Federação Portuguesa de Damas?
A existência da Federação foi uma conquista que pouca gente conhece convenientemente. É uma pena que os damistas não correspondam ao esforço despendido por uns poucos, e que não apoiem as Damas como deviam. Dantes, todos choravam por uma Federação que oficializasse a modalidade e a tornasse mais conhecida e prestigiada e hoje, realizado o sonho, esquivam-se a federar-se e a participar nos Campeonatos. E também é urgente que surja uma direcção que reponha as coisas no lugar e promova uma liderança forte.
Quanto a si quais os melhores damistas, tendo em conta as diversas modalidades?
Dos antigos, Orlando Lopes, Sena Carneiro, Francisco Henriques, Jorge Fernandes e Eduardo Igrejas. Dos novos, Vaz Vieira, Medalha da Silva e Veríssimo Dias. Os mais completos foram: Orlando Lopes e Sena Carneiro. Os mais finos, Orlando Lopes e Vaz Vieira!
PS: Hoje em dia Mário Diniz Vaz continua a orientar uma página do Jornal de Almada com o seu Passatempo Cultural dedicado a Damas, Palavras Cruzadas e Cultura Geral.
Continua a concorrer com trabalhos para os Campeonatos Nacionais de Produções e de vez em quando retira do seu baú de recordações autênticas preciosidades damísticas que traz à luz.
Por Ludoxer
Ludoxer
Jogam brancas e?
Solução do pare, pense e jogue (27)
Uma situação por mim imaginada há muitos anos, sem então saber que ela pode ocorrer durante a resolução do mais célebre final de Carlos Lafora (1946).
Sabendo-se que se o pp.17 chegar em condições normais à casa 09, o final fica empatado, as brancas têm de agir energicamente, e então: 24-28 (!), 09-31; 02-24, 17-13 (doutro modo 28-31 etc.GB); 23-16 e 16x09, cerco, GB
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