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Por Ludoxer
Como é sabido um jogo considera-se ganho por uma cor quando:
a) a outra cor perde todas as unidades;
b) todas as unidades da outra cor não se podem mover, cabendo-lhe jogar, então diz-se que estão presas.
Embora ambas as circunstâncias ocorram no problemismo a primeira passa despercebida dada a sua vulgaridade, mas a segunda tem honra de tema (prisão).
Para atingir ambos os desideratos o normal é uma das cores investir objectivamente (gastar o próprio material) e, ou, subjectivamente (ameaçar, dominar linhas ou casas estratégias). No primeiro caso provoca permutas tendencialmente vantajosas; no segundo provoca o sacrifício de material à cor adversária.
Isto vai sucedendo ao longo dum jogo ou dum problema, até à conclusão. Mas, por estranho que possa parecer, existem problemas em que uma das cores obriga a outra a capitular sem que nenhuma unidade seja eliminada!
No jogo tal também sucede quando se dá aquilo que chamo de engarrafamento geral. Um exemplo: 11-14, 22-19; 06-11, 27-22; 02-06, 24-20; 12-16, 21-17; 09-13, 31-27 (A); 14-18, 26-21; 11-14, 20-15; 07-12, 28-24; 04-07, 24-20; 07-11, 29-26; 05-09, 32-28; 01-05, 28-24; 03-07 GB!
(A) 30-27; idem, 31-28 GP!
Os jogadores mostraram a sua habilidade. E que têm os problemistas a contrapor?
Em 1955, Jorge Gomes Fernandes deu o pontapé de saída: (15), 19, 23 x 24, (28), 32 JBG
Solução: 15-02, 28-31; 02-09, 31-28 (ou teria de consentir 19-22); 09-31 e ganham as brancas sem eliminar uma peça. Pressupõe-se que as pretas abandonam, pois não fazia sentido efectuar o único lance possível.
Penso que é o primeiro problema a mostrar este estranho modo de ganhar.
Recentemente fiz este, que o leitor saberá resolver:
Jogam as Brancas e Ganham
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